De forma sumária podemos definir “Prospectiva” como sendo simultaneamente uma disciplina (no sentido em que apela à lógica e ao rigor conceptual e metodológico), uma arte (no sentido em que apela à criatividade e à intuição) e uma prática (no sentido em que apenas se consegue aprender fazendo) cuja preocupação central é a exploração do futuro.
Se a capacidade de “prospectivar” é inata ao ser humano[3], já a área do conhecimento e da prática da Prospectiva vai muito para lá da capacidade referida, tendo como propósito fundamental explorar o futuro de forma:
• Organizada e Flexível (por exemplo, concebendo e implementando processos modulares a partir de múltiplas ferramentas em função dos objectivos definidos e recursos disponíveis).
• Sistémica (procurando categorizar e interligar os diferentes elementos relevantes para a análise) e Sistemática.
• Consistente e Estruturada (procurando e justificando a coerência da combinação entre diferentes elementos: tendências, incertezas, wildcards, weak-signals, etc.).
• Intuitiva e Lógica (combinando intuição e criatividade com rigor e lógica).
• Útil (iluminando o presente e identificando desafios para o futuro, estimulando a tomada de decisão e enquadrando a implementação e a monitorização de estratégias).
É esta atitude, capacidade e necessidade de explorar o futuro que se revela cada vez mais decisiva em ambientes competitivos, sejam eles empresariais, territoriais ou outros.
Para se perceber a importância do desenvolvimento de capacidades prospectivas (e de uma nova literacia individual e organizacional), sugere-se uma “visita” a projectos e organizações tão distintos como a unidade de “Insight and Foresight” da Nokia Corporation (www.nokia.com), o “Society and Technology Research Group” da Daimler‑Chrysler (www.daimelrchrysler.com), o projecto “Horizons 2020” promovido pela Siemens e as abordagens “Pictures of the Future” e análise de tendências desenvolvidas pela sua Unidade de Investigação e Desenvolvimento (www.siemens.com), o Future Management Group (www.futuremanagementgroup.com), a Z-Punkt (www.z-punkt.de), a Social Technologies (www.socialtechnologies.com), a Fast Future (www.fastfuture.com), o Standford Research Institute Consulting – Business Intelligence) (www.sric-bi.com), ou aquela que é a maior rede global de especialistas na área do Planeamento e Pensamento por Cenários: a Global Business Network (www.gbn.org).
Think Tanks como o sueco Kairos Future (www.kairosfuture.com), o Copenhagen Institute for Future Studies (www.cifs.dk) e o Institute for the Future dos EUA (www.iftf.org), e projectos de referência e inovadores de Prospectiva Territorial como o “Millénaire3” de Lyon (www.millenaire3.com) e o Californiano “The Valley Futures Project” (www.greatvalley.org/valley_futures/index.aspx) demonstram igualmente o dinamismo desta área do conhecimento e da acção.
Finalmente, são ainda de referir os Programas de Prospectiva Tecnológica onde se destacam o projecto organizado pelo National Institute of Science and Technology Policy do Japão (www.nistep.go.jp), o Projecto FUTUR na Alemanha (www.bmbf.de/en/1317.php) e o Projecto Foresight do Reino Unido (www.foresight.gov.uk); e os Future Centers / MindLabs existentes em vários países do Norte da Europa, espaços especificamente concebidos para estimular a criatividade, a inovação e a exploração do futuro.
Boa viagem.
[3] A palavra “prospectivar” é aqui utilizada no sentido de “decidir e agir tendo em conta o futuro”. Esta capacidade está presente e é aplicada de forma mais ou menos inconsciente e quotidiana por todos nós. Por exemplo, na condução de um automóvel agimos tendo em conta uma expectativa de comportamento por parte dos outros condutores (ver Richard Slaughter, “The Knowledge Base of Futures Studies”, 2000).
Se a capacidade de “prospectivar” é inata ao ser humano[3], já a área do conhecimento e da prática da Prospectiva vai muito para lá da capacidade referida, tendo como propósito fundamental explorar o futuro de forma:
• Organizada e Flexível (por exemplo, concebendo e implementando processos modulares a partir de múltiplas ferramentas em função dos objectivos definidos e recursos disponíveis).
• Sistémica (procurando categorizar e interligar os diferentes elementos relevantes para a análise) e Sistemática.
• Consistente e Estruturada (procurando e justificando a coerência da combinação entre diferentes elementos: tendências, incertezas, wildcards, weak-signals, etc.).
• Intuitiva e Lógica (combinando intuição e criatividade com rigor e lógica).
• Útil (iluminando o presente e identificando desafios para o futuro, estimulando a tomada de decisão e enquadrando a implementação e a monitorização de estratégias).
É esta atitude, capacidade e necessidade de explorar o futuro que se revela cada vez mais decisiva em ambientes competitivos, sejam eles empresariais, territoriais ou outros.
Para se perceber a importância do desenvolvimento de capacidades prospectivas (e de uma nova literacia individual e organizacional), sugere-se uma “visita” a projectos e organizações tão distintos como a unidade de “Insight and Foresight” da Nokia Corporation (www.nokia.com), o “Society and Technology Research Group” da Daimler‑Chrysler (www.daimelrchrysler.com), o projecto “Horizons 2020” promovido pela Siemens e as abordagens “Pictures of the Future” e análise de tendências desenvolvidas pela sua Unidade de Investigação e Desenvolvimento (www.siemens.com), o Future Management Group (www.futuremanagementgroup.com), a Z-Punkt (www.z-punkt.de), a Social Technologies (www.socialtechnologies.com), a Fast Future (www.fastfuture.com), o Standford Research Institute Consulting – Business Intelligence) (www.sric-bi.com), ou aquela que é a maior rede global de especialistas na área do Planeamento e Pensamento por Cenários: a Global Business Network (www.gbn.org).
Think Tanks como o sueco Kairos Future (www.kairosfuture.com), o Copenhagen Institute for Future Studies (www.cifs.dk) e o Institute for the Future dos EUA (www.iftf.org), e projectos de referência e inovadores de Prospectiva Territorial como o “Millénaire3” de Lyon (www.millenaire3.com) e o Californiano “The Valley Futures Project” (www.greatvalley.org/valley_futures/index.aspx) demonstram igualmente o dinamismo desta área do conhecimento e da acção.
Finalmente, são ainda de referir os Programas de Prospectiva Tecnológica onde se destacam o projecto organizado pelo National Institute of Science and Technology Policy do Japão (www.nistep.go.jp), o Projecto FUTUR na Alemanha (www.bmbf.de/en/1317.php) e o Projecto Foresight do Reino Unido (www.foresight.gov.uk); e os Future Centers / MindLabs existentes em vários países do Norte da Europa, espaços especificamente concebidos para estimular a criatividade, a inovação e a exploração do futuro.
Boa viagem.
[3] A palavra “prospectivar” é aqui utilizada no sentido de “decidir e agir tendo em conta o futuro”. Esta capacidade está presente e é aplicada de forma mais ou menos inconsciente e quotidiana por todos nós. Por exemplo, na condução de um automóvel agimos tendo em conta uma expectativa de comportamento por parte dos outros condutores (ver Richard Slaughter, “The Knowledge Base of Futures Studies”, 2000).