Esta semana a nossa Princesa também foi ao estádio. Não percebe muito de futebol (não sabe de que país é o Ferencváros – aparentemente é um critério decisivo) mas não quer deixar passar em claro as últimas façanhas de um certo herói improvável.
Defendeu 3 penaltis, vive no Montijo (segundo as revistas da especialidade parece que tem casa ao lado dos pais e do irmão) e parece ser um tipo normal. Desta vez foi com luvas mas tanto faz. Dedicou a vitória a Deus (Ele agradece, concerteza). Dedicou-a também à mulher e à família. É o mais improvável dos heróis. Ou talvez não. A voz não augura liderança mas o herói transcende-se (palavra muito utilizada ultimamente) na selecção de futebol. Não tem a vida luxuriante dos “futebolistas-pop”. Não é bonito nem elegante nem particularmente carismático. Não se interessa pelo “metro-sexualismo” endinheirado de alguns colegas de profissão.
No Sporting, felizmente, nem parece ser um bom guarda-redes. As épocas são sofríveis e a publicidade que faz é a frangos de aviário. Mas é o nosso herói improvável. Um português que alegrou alguns milhões. Talvez o sucessor de Eusébio na história. Um herói geracional.
No passado fim-de-semana todos quisemos abraçar o Ricardo. Queremos lá saber do novo Ministro dos Negócios Estrangeiros e da substituição na pasta da Defesa; dos conflitos em Timor e da tensão “ensopada” em petróleo entre Ramos Horta e Xanana, entre a Fretilin e a Austrália; da ofensiva israelita em Gaza; da violência em Sadr City; do início da presidência finlandesa da União Europeia (UE). Queremos lá saber da subida dos preços do petróleo e dos transportes; da subida das taxas de juro e do endividamento dos portugueses; das múltiplas indefinições na UE. Queremos lá saber.
“Labreca” (deixa-me tratar-te assim), para a próxima, defendes 4.
[1] Este artigo é escrito em Manchester para onde vim no dia a seguir ao jogo com a Inglaterra. Imaginem o que seria ter vindo para aqui com uma vitória dos ingleses.... No entanto, como o escrevo antes da meia‑final, desde já deixo claro que se o Ricardo “meter água” nesse jogo todos os elogios ficam sem efeito.
Defendeu 3 penaltis, vive no Montijo (segundo as revistas da especialidade parece que tem casa ao lado dos pais e do irmão) e parece ser um tipo normal. Desta vez foi com luvas mas tanto faz. Dedicou a vitória a Deus (Ele agradece, concerteza). Dedicou-a também à mulher e à família. É o mais improvável dos heróis. Ou talvez não. A voz não augura liderança mas o herói transcende-se (palavra muito utilizada ultimamente) na selecção de futebol. Não tem a vida luxuriante dos “futebolistas-pop”. Não é bonito nem elegante nem particularmente carismático. Não se interessa pelo “metro-sexualismo” endinheirado de alguns colegas de profissão.
No Sporting, felizmente, nem parece ser um bom guarda-redes. As épocas são sofríveis e a publicidade que faz é a frangos de aviário. Mas é o nosso herói improvável. Um português que alegrou alguns milhões. Talvez o sucessor de Eusébio na história. Um herói geracional.
No passado fim-de-semana todos quisemos abraçar o Ricardo. Queremos lá saber do novo Ministro dos Negócios Estrangeiros e da substituição na pasta da Defesa; dos conflitos em Timor e da tensão “ensopada” em petróleo entre Ramos Horta e Xanana, entre a Fretilin e a Austrália; da ofensiva israelita em Gaza; da violência em Sadr City; do início da presidência finlandesa da União Europeia (UE). Queremos lá saber da subida dos preços do petróleo e dos transportes; da subida das taxas de juro e do endividamento dos portugueses; das múltiplas indefinições na UE. Queremos lá saber.
“Labreca” (deixa-me tratar-te assim), para a próxima, defendes 4.
[1] Este artigo é escrito em Manchester para onde vim no dia a seguir ao jogo com a Inglaterra. Imaginem o que seria ter vindo para aqui com uma vitória dos ingleses.... No entanto, como o escrevo antes da meia‑final, desde já deixo claro que se o Ricardo “meter água” nesse jogo todos os elogios ficam sem efeito.