Toda a gente parece contente com a reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) acordada pelos Ministros das Finanças da União Europeia (UE). É, de facto, motivo para sorrir. É como se, no final do ano, reuníssemos em Assembleia todas as pessoas que foram multadas nesse ano e tivéssemos o seguinte ponto único da agenda de trabalho: “perdoar ou não as multas de trânsito”. Não parece difícil adivinhar a decisão...
“Dava jeito” a quase todos os Governos mudar o PEC. E assim foi feito. E toda a gente está feliz da vida.
Toda a gente? Não, alguns irredutíveis e estranhos economistas continuam a dizer que a estabilidade das finanças públicas europeias não só é uma questão muito sensível a interesses políticos (nem todos são tão “nobres” como o nosso choque tecnológico; acreditem ou não, há quem espere ganhar mais facilmente eleições com esta renovada facilidade em gastar/investir...) como, acima de tudo, é uma base fundamental do crescimento económico.
A mensagem que passou sobre o PEC (“nós criámo-lo mas, afinal, é demasiado rígido para os gastos/investimentos que queremos/temos necessidade de fazer pelo que devemos flexibilizá-lo”) aumenta a pressão sobre as taxas de juro na zona euro (no sentido da sua subida, claro), tornando menos incisivo o compromisso do saneamento das contas públicas dos Estados-Membros da UE e deixando maior margem à indução pública do crescimento dos preços. Esta pressão inflacionista será combatida pelo Banco Central Europeu (BCE) com a subida das taxas de juro.
E quando, numa das suas próximas reuniões, o BCE subir as taxas de juro de referência, os muitos portugueses que compraram, com grande esforço, casa própria, devem enviar a “factura” aos senhores e às senhoras do BE e do PCP (por exemplo) que tanto atacaram esse monstro ignóbil chamado PEC. É que a moda foi, quase desde o início, atacar o PEC, culpabilizá-lo pela fraca performance económica e pelo aumento do desemprego, entre outras coisas más. Ninguém (ou muito poucos) disse para o que servia. Agora, infelizmente, vai-se perceber. E os portugueses com crédito à habitação vão ser dos primeiros.
“Dava jeito” a quase todos os Governos mudar o PEC. E assim foi feito. E toda a gente está feliz da vida.
Toda a gente? Não, alguns irredutíveis e estranhos economistas continuam a dizer que a estabilidade das finanças públicas europeias não só é uma questão muito sensível a interesses políticos (nem todos são tão “nobres” como o nosso choque tecnológico; acreditem ou não, há quem espere ganhar mais facilmente eleições com esta renovada facilidade em gastar/investir...) como, acima de tudo, é uma base fundamental do crescimento económico.
A mensagem que passou sobre o PEC (“nós criámo-lo mas, afinal, é demasiado rígido para os gastos/investimentos que queremos/temos necessidade de fazer pelo que devemos flexibilizá-lo”) aumenta a pressão sobre as taxas de juro na zona euro (no sentido da sua subida, claro), tornando menos incisivo o compromisso do saneamento das contas públicas dos Estados-Membros da UE e deixando maior margem à indução pública do crescimento dos preços. Esta pressão inflacionista será combatida pelo Banco Central Europeu (BCE) com a subida das taxas de juro.
E quando, numa das suas próximas reuniões, o BCE subir as taxas de juro de referência, os muitos portugueses que compraram, com grande esforço, casa própria, devem enviar a “factura” aos senhores e às senhoras do BE e do PCP (por exemplo) que tanto atacaram esse monstro ignóbil chamado PEC. É que a moda foi, quase desde o início, atacar o PEC, culpabilizá-lo pela fraca performance económica e pelo aumento do desemprego, entre outras coisas más. Ninguém (ou muito poucos) disse para o que servia. Agora, infelizmente, vai-se perceber. E os portugueses com crédito à habitação vão ser dos primeiros.
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