1- Por estranho que pareça, em muitas organizações (públicas e privadas), à medida que um(a) profissional assume maiores responsabilidades (sobe na hierarquia), fica cada vez mais envolvido em actividades de carácter eminentemente operacional, burocrático, sobrando-lhe cada vez menos tempo para a reflexão e para actividades de índole estratégica.
2- A inovação não se “decreta”. Nunca há garantias de que se vai conseguir ser inovador (nos produtos, nos serviços, nos processos). É possível, no entanto, criar as melhores condições e usar os melhores processos, aumentando o potencial de inovação das organizações.
3- Não há inovação sem criatividade. Não se inova aplicando, apenas, o pensamento crítico. E não é fácil (e muitas vezes não é adequado) tentar ser criativo e crítico ao mesmo tempo. Isto é, ter uma ideia nova que, ao mesmo tempo, é exequível/rentável/etc.. É por isso que é essencial, em processos de inovação, prever momentos para a criatividade (afastando a crítica) e, depois (e não durante), ter momentos para a crítica.
4- A inovação é, frequentemente, um downgrading da “loucura”, do “impossível”, de ideias que não funcionam. Se não pensarmos antes o “impensável”, na expressão de Herman Khan (o homem dos Cenários a longo prazo na RAND Corporation que “pensava” a guerra nuclear), o “impossível”, temos diminutas hipóteses de ser inovadores.
5- Há culturas/sociedades/regiões/cidades claramente mais abertas à criatividade, à diferença, ao excêntrico (“que se desvia do centro”). Nós (cidade de Viseu, região Centro, Portugal) não somos (por enquanto?) uma delas.
1 comentário:
Gostei deste post.
Há uns tempos li uma máxima que também me pareceu ser bastante acertada e que de certa forma está implicita neste texto:
"Para se ser criativo é necessário não ter medo de errar".
Ao nível das sociedades, estou convencido que a fertilidade criativa depende do nível de tolerância. Onde não há tolerância não há espaço para ser diferente e a criatividade é reprimida antes de existir.
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